segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

À beira dos 30, Rossi quer presente 'banal': o hepta da MotoGP

O dia 16 de fevereiro de 2009 será especial para um homem nascido na pequena cidade de Urbino, na zona central da Itália. O nome dele é Valentino Rossi, que comemorará 30 anos vivendo um dos melhores momentos de sua vida. Recuperado do pesadelo de 2006 e 2007, quando perdeu a hegemonia na MotoGP e ainda teve problemas com o fisco de seu país, o piloto vislumbra um presente "banal" para este ano: ser campeão da categoria pela sétima vez na carreira.

Olhando para o feliz Rossi que está prestes a iniciar mais uma temporada na motovelocidade, fica até difícil lembrar que há dois anos ele vivia um período muito difícil - como se não bastasse ter sido colocado em dúvida esportivamente, perdendo um títulos mundial praticamente ganho para Nicky Hayden, ele ainda teve de pagar 20 milhões de reais ao fisco italiano por sonegação de impostos.

As duas ocasiões são exatamente o que ele queria apagar de seus últimos 30 anos, segundo o que revelou em entrevista à Gazzetta dello Sport neste sábado.

"A coisa que recordo com mais tristeza é a corrida de Valência, em 2006", disse Rossi, em referência à prova na qual caiu e desperdiçou a chance de ser hexacampeão de forma consecutiva. "Esportivamente foi muito duro. Na vida são os meus problemas com o fisco, é uma página feia fora das corridas, mas consegui reorganizar minha vida depois dessa confusão e isso me deixa emocionado".

Com as dificuldades superadas e consagrado com mais um título da MotoGP, o italiano chega à casa dos 30 feliz. "Quando tinha 20 anos achava os de 30 velhíssimos. Mas, por sorte, agora tenho quase 30 e não me vejo mudado, estou muito contente com o que consegui conquistar, realizei meus sonhos", continuou, antes de revelar o que mais deseja obter em 2009: "Não quero nada em particular... serei banal, o presente pode ser o próximo Mundial".

Carreira fora da motos: Com contrato assinado com a Fiat Yamaha até 2010, Valentino Rossi voltou a dizer que deve iniciar uma carreira longe da motovelocidade no futuro. Entretanto, deixou claro que o sonho de ingressar na Fórmula 1 não deve ser concretizado.

"Sei que correrei nas motos por mais dois anos, depois devo decidir o que fazer - continuar a mirar os recordes de Giacomo Agostini (recordista de vitórias) ou me dedicar aos carros, mas no rali ou na pista? Não creio que seja na F-1", afirmou o hexacampeão do mundo, que chegou a testar para a Ferrari com relativo sucesso, ficando perto de mudar de modalidade esportiva em 2004.

Nenhum comentário: