quarta-feira, 9 de julho de 2008

Formula 1 - Primeiros três anos e campeões

1950 - Onde tudo começa

1950...esse é o ano que estreia a categoria F1 no mundo. Aqui vou escrever um pouco dessa epóca de começou da Formula que vai de 1950-1953.


Aqui é uma longa, mas é uma história fascinante onde tudo começou e tudo mais, guerra...projetos guardados pós guerra e assim vai. Tudo começo com esse cidadão da foto ao lado, nome dele? Giuseppe Farina ou Nino.


Emilio Giuseppe "Nino" Farina, (Turin, 30 de Outubro de 1906 - Aiguebelle, † 30 de Julho de 1966) Foi o primeiro campeão mundial da F1 em 1950.

Iniciou sua carreira nos anos 1930, no Grand Prix Motor Racing pela Maserati Mas logo depois foi para a Alfa Romeo como segundo piloto ao lado de Tazio Nuvolari. Lá ele venceu vários Grandes Prêmios.

Quando a FIA anunciou a prova inaugural do campeonato mundial de Formula 1, Farina compôs juntamente com Juan Manuel Fangio, com o britânico Reg Parnell e seu conterrâneo Luigi Fagioli a poderosa equipe Alfa Romeo a bordo da gloriosa 158 Alfetta. Farina obteve 3 vitórias nas 7 corridas disputadas nesta primeira temporada, o que lhe rendeu o título. Este foi o ápice de sua carreira, já que seus melhores anos foram perdidos por causa da Segunda Guerra Mundial.
Em 1951 já não se igualava em velocidade em velocidade a Fangio, o que o forçou a mudar-se para a Ferrari em 1952. Mas Farina encontrou lá um jovem e rapidíssimo piloto italiano Alberto Ascari que veio a ser o campeão em 1952 e 1953.
Faleceu num acidente foras das pistas em 30 de Junho de 1966.

Primeiro Grande Premio - Silverstone 1950... Aconteceu no dia 13 de Maio de 1950. Com Nino Farina em primeiro e Luigi Fagioli em segundo, Fangio não completou a corrida.
Volta mais rápida: Nino Farina - 1'50.6


Juan Manuel Fangio

Seu primeiro carro um Ford Modelo T de 1934

Juan Manuel Fangio nasceu no dia 24 de junho de 1911 em Balcarce, na província argentina de Buenos Aires. Filho de uma humilde família de imigrantes italianos, começou a trabalhar em uma oficina mecânica. Além dos automóveis, sua outra paixão era jogar futebol, o que lhe conferiu o apelido "El Chueco" (pernas tortas) que permaceria ao longo de sua vida.

Em 1934 começou com as corridas e o simples fato de que tenha sobrevivido já o torna um campeão, pois os circuitos argentinos nessa época eram muito precários e perigosos. Mas Fangio demonstrou ser um persistente lutador e se consagrou duas vezes Campeão Nacional Argentino (em 1940 e em 1941). Tinha muita esperança de ir à Europa em busca de glórias ainda maiores, porém a Segunda Guerra Mundial postergou esses sonhos.

Em 1947 foi finalmente mandado à Europa com o auxílio financeiro do governo de Perón. Em meados de 1950 - quando teve início a era moderna do Gran Prix com a estréia da Fórmula 1, Fangio pilotava para a Alfa Romeo.

Carreira

Juan Manuel Fangio correu 51 grandes prêmios, obteve 24 vitórias, 29 pole positions, 23 records de volta, cinco títulos mundiais (1951, 1954, 1955, 1956 e 1957) dos quais 4 foram consecutivos, e dois vice-campeonatos (1950 e 1953) em oito temporadas que disputou. Fangio correu em quatro escuderias: Alfa Romeo (1950-1951), Maserati (1953-1954), Mercedes (1954-1955), Ferrari (1956) e Maserati (1957-1958).

E o único piloto da história da Formula 1 que foi campeão com 4 escuderias diferentes: Alfa Romeo, Maserati, Ferrari e Mercedes-Benz.

Fangio tinha o apelido "El Chueco" (O Manco), que recebeu em partidas amadoras de futebol, por ter as pernas arqueadas.

Juan Manuel Fangio disputou sua primeira corrida aos dezessete anos, guiando um Ford-T, e terminou-a em último. Subiu ao podium pela primeira vez na Mil Milhas na Argentina em 1939.

Seu acidente mais grave aconteceu no GP da Itália, em Monza, no ano de 1952. Ao seguir para a Itália, onde disputaria a prova, fez escala em Paris, mas não pôde continuar a viagem de avião por causa do mau tempo. Fangio não hesitou: pegou um carro e dirigiu aproximadamente 700 km até Monza. No dia seguinte, ainda cansado, bateu o seu Maserati durante uma sessão de treinos e voou para fora do carro. Feriu-se gravemente no pescoço. Ficou 40 dias internado e cinco meses com pescoço e tronco imobilizados. Muitos chegaram a pensar que sua carreira estaria encerrada ali. Ele, no entanto, voltou a competir no ano seguinte.

Fangio foi o primeiro piloto do mundo a mostrar que a "Era romântica da Fórmula Um" estava para fechar o ciclo. Isto aconteceu quando decidiu encerrar a carreira em 1958.

Numa entrevista alguns anos depois, ele comenta o que levou tomar aquela decisão, já que estava no auge de sua carreira:

"Eu estava em Reims (1958), treinando para o Grande Prêmio da França, quando senti que o carro estava muito instável, o que me chamou a atenção porque a grande virtude da Maserati 250F era sua estabilidade. Então cheguei ao box e perguntei ao chefe de equipe o que se passava; ele respondeu-me:- Trocamos os amortecedores! - Mas por quê?, perguntei. - Porque estes nos pagam! - Assim, naquele momento, tomei a decisão de encerrar a carreira. E não me arrependo disso!"

Os dois pilotos que o sucederam que ele mais admirou foram o britânico Jim Clark e brasileiro Ayrton Senna.


Alberto Ascari (Milão, 13 de junho de 1918 - Monza, 26 de Maio de 1955) Foi a primeira estrela da Ferrari.

Nascido em Milão, Itália, Ascari tinha a velocidade nas suas veias, seu pai Antonio Ascari foi um talentoso piloto nos anos 1920, correndo com a Alfa Romeo Antonio morreu enquanto liderava o Grande Prêmio da França em 1925 mas o jovem Ascari tinha interesse em corridas ao invés de ódio. Ele pilotou motocicletas no princípio de sua carreira; foi depois que ele entrou na prestigiada Mile Miglia num carro esporte da Ferrari que ele começou a pilotar veículos de quatro rodas.

Sua carreira de piloto foi interrompida durante a Segunda Guerra Mundial depois começou a correr Grandes Prêmios com a Maserati Seu companheiro de equipe Luigi Villoresi que foi mentor e amigo de Alberto. Ele venceu seu primeiro Grande Prêmio em San Remo, Itália, 1948, e venceu outra corrida no ano seguinte pela mesma equipe. Seu maior sucesso depois de se juntar a Villoresi na Ferrari; ele venceu mais três corridas.

A primeira temporada oficial de Formula 1 começou em 1950 e a Ferrari estreou em Monte Carlo com Ascari, Villoresi e o popular piloto francês Raymond Sommer na equipe. Ascari terminou em segundo na corrida e depois no ano compartilhou o segundo lugar na primeira corrida em Monza. Ele foi apenas o quinto no campeonato. Ele venceu sua primeira corrida de F1 na temporada seguinte em Nurburgring e venceu também em Monza terminando em segundo atrás de Juan Manuel Fangio.

Devido ao sucesso na Europa, Enzo Ferrari forneceu um carro a Alberto para a 500 milhas de Indianapolis em 1952.
Ascari foi o único piloto europeu a correr na Indy em 11 anos de Fórmula 1, mas seu dia acabou em 40 voltas. Aquela foi a única vez que ele não venceu um corrida de F1 naquela temporada. A Ferrari de Ascari dominou em 1952, vencendo todas as seis corridas na Europa daquela temporada e tendo a volta mais rápida em todas as corridas. Ele quase marcou a quantidade máxima de pontos que um piloto podia conseguir.

Ele venceu mais três corridas consecutivas no começo da temporada de 1953, dando a ele nove vitórias consecutivas (não contando a Indy) antes do término da série quando terminou em quarto na França, esta que foi uma corrida muito disputada. Ele venceu mais duas vezes no ano dando-lhe mais um título mundial. Ascari não continuou em 1954 devido a não finalizar quatro corridas, embora ele tenha vencido em Mile Miglia.

Morte

Sua temporada de 1955 começou de maneira similar, abandonando duas vezes, o último foi um espetacular acidente em Monaco onde ele bateu dentro do porto depois de passar por uma chicane. Uma semana depois, em 26 de maio ele foi a Monza para testar um carro esporte Ferarri e bateu em uma das curvas. Ele morreu no acidente, uma morte que ainda é um tanto misteriosa. A curva onde o acidente aconteceu ganhou seu nome, a Variante Ascari. Na minha opnião talvez Fangio só foi o que foi porque da morte de Ascari. Praticamente ficou como Michael Schumacher depois da Morte de Senna.


Legado

Alberto Ascari está enterrado próximo a seu pai no Cimiterio Monumentale em Milão. Em 1992 ele entrou para o Hall da fama do motorsport.


Ascari pilotando um Lancia



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